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segunda-feira, 30 de maio de 2011

SAUDADES NÃO TÊM TRADUÇÃO

Saudades...
Sentimento profundo, capaz de desconcertar em lágrimas
um sorriso que marcou o tempo, os momentos únicos de cada
visão contemplada pela alma.
Saudades...
Tristeza inconsciente que sufoca as possibilidades,
que transforma sonhos, que confunde a esperança.
Saudades...
Essa coisa tão humana e inevitável nos passos
de quem ama, de quem apenas possuiu em sua vida
a passagem de alguém que mudou sua história.
Tive saudades...
Dos velhos tempos, dos sentimentos, dos desejos, dos sabores,
das presenças, dos abraços, das esperas, de cada dia vivido
com a intensidade de não se ter saudades.
Tenho saudades...
Do reencontro, do primeiro sorriso, do muito obrigado,
do até amanhã, das conversas, do sentir que valia a pena
gastar o tempo ao seu lado, das palavras nunca ouvidas,
das idéias meio que loucas, tenho saudades.

domingo, 29 de maio de 2011

FILME “O RITUAL”: FATOS DE UMA HISTÓRIA REAL


Obras fílmicas dizem muito, sobretudo quando elas trazem uma mensagem para o período que foram produzidas. Tive a oportunidade de assistir, assim que foi lançado, ao filme O Ritual, que diferente de outros filmes de temática exorcista, não é apelativo, nem composto por efeitos especiais de desfiguração humana, vômitos verdes, padres que morrem, entre outras abordagens fictícias. Mas é claro, como todo filme, este também traz pitadas de uma boa ficção, uma estratégia de cinema para prender ao público.

Assiti ao filme não simplesmente pelo suspense, ou pela presença de uma atriz brasileira, Alice Braga, que não atuou lá estas coisas. Confesso que estudo a temática, já componho uma certa quantidade de livros de cânones exorcistas que fazem parte da minha lista de mais conceituados para tratar do assunto, dentre eles o Frei Elias Vella, que conheci pessoalmente, Frei Huffus Pereira, Padre Antonio Forttea e o grande padre Gabriele Amorth; ambos possuem estreita relação com o Movimento da Renovação Carismática Católica e citam em seus livros a importância deste movimento no tocando à divulgação do exorcismo e da luta contra o mal. Por fim, assiti como base de estudo e muito me admirei do roteiro fílmico.

Como muitos filmes que trazem o emblema “baseado em fatos reais”, não levei muito em consideração esta questão, mas acompanhando notícias do vaticano li uma matéria que falava do filme, e dos fatos que narravam a história real de um padre norte-americao, Pe. Gary, enviado pelo seu bispo a Roma para o instituto de formação de exorcistas ‘Regina Apostolorum' (Rainha dos Apóstolos). A vida deste sacerdote é contada por Matt Baglio en seu livro semibiográfico: ‘Il rito’, que inspirou o filme. Na trama são trazidos os aspectos cronológicos da vida sacerdotal, a confusão da fé, o conhecimento do mal e a mudança. Não irei dizer detalhes vale a pena assisti. A critica do filme foi elogiada pelo site ZENIT (http://www.zenit.org/article-27659?l=portuguese).

Por fim deixo uma das frases marcantes do filme: “A escolha de não acreditar no diabo não o protegerá dele". Agora é assistir e tirar suas conclusões. Ninguem é obrigado a acreditar, mas é certo que diante de nossas escolhas a realidade não muda. Bom filme a todos!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

O RETRATO DE UMA NOVA INQUISIÇÃO

Permalink: http://www.zenit.org/article-28057?l=portuguese

Iraque: cristãos horrorizados com assassinato "desumano"


87 cristãos iraquianos mortos em 2010, segundo Assyria Council of Europe


KIRKUK, quinta-feira, 26 de maio de 2011 (ZENIT.org) - Uma patrulha da polícia iraquiana encontrou na segunda-feira, 16 de maio, em Kirkuk, o corpo de um jovem cristão, Ashour Issa Yaqub (escrito também Jacó), de 29 anos, casado e com 3 filhos. O corpo estava terrivelmente desfigurado.
Segundo declarou à Agence France-Presse (16 de maio) o chefe de polícia da província de Kirkuk, o major-general Jamal Taher Bakr, os assassinos cortaram quase completamente a cabeça da vítima. O chefe do departamento de Saúde da província, Sadiq Omar Rasul, confirmou o fato desagradável, acrescentando que o corpo de Yacub apresentava "sinais de tortura e mordidas de cães".
Outros detalhes foram fornecidos pela Assyrian International News Agency (16 de maio). Yacub teve os olhos arrancados de suas órbitas e suas orelhas cortadas. Como se não bastasse, a pobre vítima foi encontrada com o rosto sem pele.
Yacub, que trabalhava para uma empresa de construção, foi sequestrado três dias antes, ou seja, no sábado, 14 de maio, ainda em Kirkuk, capital da homônima província de petróleo localizada em território curdo, cerca de 250 km ao norte de Bagdá.
Os sequestradores, que segundo a polícia pertencem a uma célula da rede terrorista Al Qaeda, haviam pedido à família da vítima um resgate de 100 mil dólares, mas, segundo uma fonte de AsiaNews (16 de maio), as negociações "não chegaram a bom término”. Na verdade, 100 mil dólares é um valor muito elevado para um país onde, segundo a AFP, o salário médio diário de um trabalhador de construção equivale a 21 dólares.
Conforme um pastor evangélico relatou a Compass Direct News (18 de maio), antes do sequestro, uns desconhecidos se aproximaram do dono da empresa de Yacub, intimando-o a demitir o trabalhador, “porque ele era um cristão, mas ele recusou".
Sendo um empresário rico, mas inalcançável - disse o pastor, que, por motivos de segurança, pediu para permanecer anônimo -, sequestraram e infelizmente também assassinaram Yacub.
O homicídio, considerado "bestial" e "um crime hediondo contra a nação, a religião e a humanidade" pelo secretário-geral da União dos estudantes e jovens assírio-caldeus, Kaldo Oghanna, afetou profundamente a comunidade cristã. "É uma situação muito grave, e todos os jovens se sentem sem esperança", disse o líder cristão a Compass.
Também foi dura a condenação por parte do arcebispo caldeu de Kirkuk, Dom Louis Sako. "Nenhum homem que crê em Deus e tem um respeito pela vida pode cometer tais atos", disse ele em uma primeira reação, falando de um "ato desumano" (AsiaNews).
O arcebispo também está convencido de que o trabalhador foi sequestrado por dinheiro. "Ele foi sequestrado por dinheiro. Isso acontece, mas geralmente os sequestradores não torturam nem matam dessa forma", explicou o arcebispo Sako em uma conversa telefônica com o Compass Direct News.
"É como se fossem animais - continuou ele. Mataram-no imediatamente para assustar as pessoas de Kirkuk e enviar a mensagem de que, se eles são sequestrados, têm de pagar."
No entanto, para o deputado cristão Imad Yohanna, também de Kirkuk, Yacub foi sequestrado por causa de sua participação na comunidade cristã.
Segundo Yohanna - relata a Associated Press (14 de maio) -, os cristãos são alvos "fáceis" porque eles costumam pagar o resgate sem oposição, ao contrário dos grupos árabes, que não hesitam em recorrer às armas para libertar as pessoas.
Embora o arcebispo Sako duvide de que seja um gesto anticristão, teme que o brutal assassinato desse pai de família leve muitos cristãos a abandonar a cidade.
"Em Kirkuk, poucas famílias haviam deixado a cidade, mas isso é um choque. Acho que depois disso irão embora, porque isto é muito grave", disse o arcebispo a Compass.
O que aconteceu, portanto, corre o risco de alimentar o fluxo migratório do Iraque de cristãos ou "assírios", como também são chamados. Um novo relatório (1) elaborado pelo Assyria Council of Europe (ACE) - um organismo independente que visa a aumentar a sensibilidade dentro da União Europeia com relação à situação dos cristãos iraquianos – confirma, de fato, o declínio dramático do número de cristãos no país.
Entre 2004 e 2010, mais de 60% da comunidade assíria já deixou o Iraque por causa do clima de terror e os contínuos ataques contra alvos cristãos. Com uma população estimada de cerca de 2 milhões, os assírios - também conhecidos como caldeus e sírios – constituíam, em 2004 (ou seja, o primeiro ano após a queda de Saddam Hussein), ainda o terceiro maior grupo no Iraque. Hoje, reafirma o relatório, esse número varia entre 400-600 mil.
Segundo dados do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR ou UNHCR), 13% de todos os refugiados iraquianos registrados na Síria, Jordânia, Líbano, Turquia e Egito são cristãos. Por sua vez, a agência AINA estima que até 40% dos refugiados iraquianos na Síria e na Jordânia são de origem assíria. Além disso, os deslocados internos no Iraque são cerca de 2,8 milhões, dos quais 5% são cristãos.
O relatório revela também que (pelo menos) 87 assírios foram mortos no período de janeiro a dezembro do ano passado, uma dado que transforma 2010 no ano mais sangrento depois de 2004 (115 vítimas). Embora o maior número de incidentes tenha ocorrido na terceira cidade do Iraque, Mossul, a cidade com o maior número de cristãos mortos é a capital, Bagdá, por causa do ataque terrorista do último 31 de outubro, contra a catedral sírio-católica de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
O clima de insegurança e o extremismo atingem particularmente as mulheres e crianças pertencentes a minorias diversas, que, de acordo com Minority Groups International,representam "o setor mais vulnerável ​​da sociedade iraquiana". Não usar o véu islâmico (hijab) ou vestir-se como os ocidentais significa problema para as mulheres.
Como indica o relatório do Assyria Council of Europe, nem sequer em campos de refugiados as mulheres e os jovens cristãos estão seguros: estão muito expostos ​​ao tráfico de seres humanos e à exploração sexual ou prostituição forçada.
"Hoje a situação no Iraque é complexa - disse Oghanna (Compass Direct News). Temos medo - continuou o secretário-geral do Chaldo-Assyrian Student and Youth Union - de que os próximos dias sejam duros para nós, cristãos."
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1) http://www.aina.org/reports/acehrr2010.pdf
(Paul De Maeyer)

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Frase do Dia


" Nosso compromisso com a segurança de Israel é inabalável [...]. Mas, justamente por causa da nossa amizade, é importante que digamos a verdade. O status quo [na região] é insustentável. E Israel deve agir também para alcançar a paz." (Barack Obama)

Barack Obama, defendendo Estado palestino "soberano" e desmilitarizado.

HOMOSSEXUALIDADE E ESCOLA: QUE NOTA VOCÊ DÁ?

UNESCO aprova os materiais educativos 

do projeto Escola

Sem Homofobia


Na tentativa de eliminar o preconceito o Ministério da Educação (MEC) pretende distribuir em 6 mil escolas da rede pública de todo país, kits contendo cartilhas e DVDs com informações sobre o universo homoafetivo.
A Unesco aprovou os materiais e a iniciativa de combate ao preconceito. “Estamos certos de que este material contribuirá para a redução do estigma e discriminação, bem como para promover uma escola mais equânime e de qualidade. Parabenizamos a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), o Ministério da Educação e as instituições envolvidas pela iniciativa.”, disse Vincent Defourny, representante da Unesco no Brasil.
O ofício também afirma que “Os materiais do Projeto Escola Sem Homofobia estão adequados às faixas etárias e de desenvolvimento afetivo-cognitivo a que se destinam, de acordo com a Orientação Técnica Internacional sobre Educação em Sexualidade, publicada pela Unesco em 2010.” O Conselho Federal de Psicologia, entidade com competência técnica para avaliar os materiais educativos do projeto Escola Sem Homofobia,  já havia aprovado os kits educativos.


A escola está preparada para oferecer aos educandos esses temas como processos pedagógicos?
Em que lugar enontra-se a família na educação e formação sexual-afetiva dos seus filhos?
A formação de identidade e sexualidade depende de metodologias que caricaturam uma realidade social?

Penso que a vida é semelhante aos rios


Penso que a vida é semelhante aos rios, brotam de pequenas nascentes, e com a persistência de cada gota que se une formam grandes córregos, que descem montanhas, que cavam rochedos, que invadem planícies, que quebram barreiras, que correm milhas e milhas só com um objetivo: encontrar o oceano.
A vida seria mais bela se as pessoas compreendessem sua essência. Os rios podem nos ensinar sobre isto...
É preciso ter a coragem de ser rio, de surgirmos do pouco, das gotas, mesmo que elas brotem do chão, mesmo que elas caiam de altas montanhas. É preciso ter a humildade de ultrapassar os limites do “eu”, de partilhar a vida, de não viver só para si; os que acumulam águas são lagos e não rios. É preciso ter a sensibilidade para entender com sabedoria as dificuldades que esta vida pode nos oferecer, e saber que eu preciso vivenciá-las, com uma vontade humana e divina, capaz de superar, vencer as barreiras, a dureza das pedras, a frieza dos obstáculos. É preciso insistir... Os desanimados cansam quando a batalha é longa, os rios correm grandes distancias porque a meta é a imensidão das águas, nossa meta precisa ser maior, maior que os limites deste tempo, maior que as sombras do passado e que as incertezas do futuro. É preciso acima de tudo entender que não surgimos para ser pequenos, para vivermos e sonharmos como se tudo fosse o agora, existe um eterno oceano, existe uma vida infinita que somente as vidas verdadeiras alcançarão. Estes são aqueles que se entregaram sem medo de perder, perdoar e amar.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Reação da Igreja quando clérigo é acusado de abusos sexuais


O caso deve ser assumido pelo bispo ou pelo superior religioso


CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 16 de maio de 2011 (ZENIT.org) - Quando um clérigo é acusado de ter cometido um delito de abuso sexual de um menor, seu bispo - ou o superior maior de sua congregação religiosa (se for religioso) - deve ouvir a denúncia e garantir que a acusação seja verossímil.
Se for assim, deve passar o caso à Santa Sé e remeter os delitos às legítimas autoridades, segundo estabelece a Carta Circular da Congregação para a Doutrina da Fé, enviada como subsídio para as conferências episcopais na preparação das linhas diretrizes para tratar os casos de abuso sexual de menores por parte do clero.
"A responsabilidade de tratar os casos de abuso sexual contra menores é, num primeiro momento, dos Bispos ou dos Superiores Maiores" das ordens e congregações religiosas, indica o documento.
"Se a acusação parecer verossímil, o Bispo, o Superior Maior ou o seu delegado devem proceder a uma inquisição preliminar de acordo com os cân. 1717 do CIC, 1468 CCEO e o art. 16 SST", esclarece o texto.
"Se a acusação for considerada crível - digna de crédito -, pede-se que o caso seja remetido à CDF", organismo da Santa Sé ao qual João Paulo II confiou esta tarefa em 2003, diante da impotência com a qual algumas dioceses do mundo haviam reagido diante de casos de abusos cometidos por sacerdotes.
Uma vez estudado o caso, a Congregação para a Doutrina da Fé (CDF) "indicará ao Bispo ou al Superior Maior os ulteriores passos a serem dados. Ao mesmo tempo, a CDF oferecerá uma diretriz para assegurar as medidas apropriadas, seja garantindo um procedimento justo aos clérigos acusados, no respeito do seu direito fundamental à defesa, seja tutelando o bem da Igreja, inclusive o bem das vítimas".
O documento divulgado hoje pela Santa Sé recorda que "normalmente a imposição de uma pena perpétua, como a dimissio do estado clerical requer um processo penal judicial".
Segundo o Direito Canônico, o bispo ou superior religioso "não podem decretar penas perpétuas por decretos extra-judiciários; para tanto devem se dirigir à CDF, à qual compete o juízo definitivo a respeito da culpabilidade e da eventual inidoneidade do clérigo para o ministério, bem como a consequente imposição da pena perpétua".
As medidas canônicas para um sacerdote que é declarado culpado de abuso sexual de um menor são geralmente de dois tipos.
Em primeiro lugar, trata-se de "medidas que restringem o ministério público de modo completo ou pelo menos excluindo os contatos com menores".
Em segundo lugar, a Igreja impõe "penas eclesiásticas, dentre as quais a mais grave é a dimissio do estado clerical".
"A inquisição preliminar e todo o processo devem se desenvolver com o devido respeito, a fim de proteger a discrição em torno às pessoas envolvidas, e com a devida atenção à sua reputação", esclarece a CDF.
"Ao menos que existam razões graves em contrário, o clérigo acusado dever ser informado da acusação apresentada, a fim de que lhe seja dada a possibilidade de responder à mesma, antes de se transmitir um caso à CDF. A prudência do Bispo ou do Superior Maior decidirá qual informação deva ser comunicada al acusado durante a inquisição preliminar."
Em espera do processo canônico, recorda o documento, "compete ao Bispo ou ao Superior Maior prover ao bem comum determinando quais medidas de precaução previstas pelo cân. 1722 CIC e pelo cân. 1473 CCEO devam ser impostas" para salvaguardar o bem comum; "isto se faz depois de começada a inquisição preliminar".
A Santa Sé esclarece que estas medidas são obrigatórias para todas as dioceses do mundo.
"Se alguma Conferência Episcopal, excetuado o caso de uma aprovação da Santa Sé, julgue por bem dar normas específicas, tal legislação particular dever ser considerada como um complemento à legislação universal e não como substituição desta", afirma o texto.
Se uma conferência episcopal quiser acrescentar normas vinculantes, o Vaticano afirma que, para isso, será necessário pedir o reconhecimento por parte dos dicastérios correspondentes da Cúria Romana.

Fonte: http://www.zenit.org/article-27981?l=portuguese

Famílias Líquidas: Um abuso social


   18 de Maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Coincidência ou não em Ribeira do Pombal um caso de abuso sexual repercutiu na mídia nacional. O foco das notícias está relacionado à gravidade dos fatos, pois envolvem uma menina de 10 anos, que dentro da sua própria família era abusada e está grávida do padrasto, além das investigações apontaram a mãe como cúmplice.
   O ser humano é convidado a questionar o princípio motivador de crimes como este. De quem é a real culpa? Do sistema? Se é que o sistema existe. Da sociedade que não denuncia? Dos poderes constituintes, que não fiscalizam e regem leis mais concretas?
    E a família?
   Família... Ouvi nestes dias um termo que muito me chamou a atenção, ele denominava “Sociedade Líquida”, este perfil social que marca o atual processo de mudança cultural. O “antigo” núcleo social, família, está passando por um momento de relativização, esta sociedade líquida tem gerado mudanças e são vários os sinais que provam este bombardeio que a dilui.
   Retomando o caso da família em Ribeira do Pombal, se é que os críticos compreendem o ambiente do crime que vitimou a criança de 10 anos como uma família, percebemos a presença materna e paterna (mesmo não sendo pai biológico). Estas presenças na vida de uma criança em formação determinarão o equilíbrio emocional que garante os direitos básicos de ser criança, de ser gente. Mas foi ali, no lugar onde esta criança teria segurança, onde ela desenvolveria a afetividade junto à sua mãe e do seu padrasto que tudo aconteceu. Perdeu-se a afetividade, nasceram a erotização, a deturpação da sexualidade, os distúrbios comportamentais, por conta de crises morais, éticas e de valores.
    De quem é a culpa?
   Voltando ao cenário do crime, a família, talvez encontremos respostas, ou não, depende como analisaremos, pois corremos o risco de enxergar com os olhos desta sociedade líquida ou com os olhos de quem sabe ver.


terça-feira, 17 de maio de 2011

CADA DIA É UMA NOVA CHANCE

“Os dias correm, somem e com o tempo não vão voltar, só há uma chance para viver. Não perca a força e o sonho não deixe nunca de acreditar que tudo vai acontecer” (Rosa de Saron – Musica: Chance)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

(Re) Começo: Sempre há um ponto de partida.

Na vida às vezes não sabemos quem somos, de onde vimos, para onde vamos, tudo parece ser incerto, principalmente quando os dias reservam toques de sofrimento, angustias e esperas. Aqui estamos e tudo parece ser muito irreal. As experiências nos fazem abraçar a nós mesmos de formas tão distintas e não é estranho perder o sentido do seu próprio ser, ou nos perdemos de quem amamos e logo sentimos a dor da saudade. Talvez tudo isto seja uma batalha, talvez os verdadeiros guerreiros sejam os que descobriram quem são, de onde vieram e para onde vão. Perder esta batalha seria não querer sofrer, se ferir, lutar, desistir, acho que a maior derrota nasce do medo de lutar de mergulhar na dor que passa, pois tudo passa, até a dor. Nesta batalha se existe irreal é porque existe algo real, é possível descobrir nos sonhos a realidade, é possível fazer das fantasias as verdades que nos tornam capazes de ver e ouvir, quem sabe sentir, quando sonhamos também sentimos, isto é real... ganhar esta batalha é a capacidade de encontrar-se, só são capazes destas façanhas os bons guerreiros, que lutam e lutam, não importa como e quando, sempre na expectativa de vencer a escuridão da desesperança, da incompreensão, das falhas. Ao vencedor é reservado um sorriso que nos ergue ao céu, a alegria que nos faz pisar o chão e tocar o coração, seu próprio coração, os corações dos que partiram, o coração de Deus, Ele é real. Se na vida não sabemos quem somos, ao perguntar quem sou recomeço a minha batalha, recomece também a sua...