18 de Maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Coincidência ou não em Ribeira do Pombal um caso de abuso sexual repercutiu na mídia nacional. O foco das notícias está relacionado à gravidade dos fatos, pois envolvem uma menina de 10 anos, que dentro da sua própria família era abusada e está grávida do padrasto, além das investigações apontaram a mãe como cúmplice.
O ser humano é convidado a questionar o princípio motivador de crimes como este. De quem é a real culpa? Do sistema? Se é que o sistema existe. Da sociedade que não denuncia? Dos poderes constituintes, que não fiscalizam e regem leis mais concretas?
E a família?
Família... Ouvi nestes dias um termo que muito me chamou a atenção, ele denominava “Sociedade Líquida”, este perfil social que marca o atual processo de mudança cultural. O “antigo” núcleo social, família, está passando por um momento de relativização, esta sociedade líquida tem gerado mudanças e são vários os sinais que provam este bombardeio que a dilui.
Retomando o caso da família em Ribeira do Pombal, se é que os críticos compreendem o ambiente do crime que vitimou a criança de 10 anos como uma família, percebemos a presença materna e paterna (mesmo não sendo pai biológico). Estas presenças na vida de uma criança em formação determinarão o equilíbrio emocional que garante os direitos básicos de ser criança, de ser gente. Mas foi ali, no lugar onde esta criança teria segurança, onde ela desenvolveria a afetividade junto à sua mãe e do seu padrasto que tudo aconteceu. Perdeu-se a afetividade, nasceram a erotização, a deturpação da sexualidade, os distúrbios comportamentais, por conta de crises morais, éticas e de valores.
De quem é a culpa?
Voltando ao cenário do crime, a família, talvez encontremos respostas, ou não, depende como analisaremos, pois corremos o risco de enxergar com os olhos desta sociedade líquida ou com os olhos de quem sabe ver.
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